quinta-feira, 26 de abril de 2012

Acidentes históricos - Mar

Titanic

Imagem: fortunecity.com

O naufrágio do Titanic

O RMS Titanic afundou em 15 de abril de 1912, ao bater em um iceberg durante sua viagem inaugural de Southampthon (Inglaterra) para Nova York (EUA). No naufrágio morreram aproximadamente 1517 pessoas.

Majestoso como os Titãs da mitologia grega. Insubmergível, diziam os jornais da época. Assim foi lançado o Titânico, em 10 de abril de 1912. Entre passageiros e tripulação, o navio zarpou com 2.227 homens, mulheres e crianças a bordo, sob o comando do experiente capitão Edward J. Smith, que realizaria sua última viagem antes de se aposentar.

O navio foi construído em quase 5 anos e custou aproximadamente 450 milhões de dólares. Media 270 metros de comprimento, 28 metros de largura, altura de 30 metros sem contar as chaminés (equivalente a 11 andares) e peso aproximadamente 42.000 toneladas. Possuía três bibliotecas, academias para exercício, salão de jogos, uma quadra de squash, piscina, banhos turcos, sala escura para fotógrafos, elevadores, quartos com mobílias de madeiras nobres em fino acabamento, janelas panorâmicas para o mar e duas orquestras que se revezavam entre os passageiros. O famoso restaurante 'Café Parisiense' era decorado com colunas banhadas em ouro e objetos de prata finamente fabricados. Estava equipado, também, com o sistema Marconi, a mais moderna forma de comunicação sem-fios da época.

A viagem transcorreu tranquila durante seus quatro primeiros dias, com paradas em Cherbourg (França) e Queenstown - atual Cobh (Irlanda) para embarque e desembarque de passageiros e cargasMesmo recebendo mensagens de outros navios sobre a existência de icebergs pelo caminho, o capitão Smith continuou navegando em sua velocidade máxima (40 Km/h), porque os construtores queriam que o navio fosse considerado, além de luxuoso, o mais rápido da época, o que lhe renderia vantajosos contratos do correio intercontinental. O capitão considerava que o navio era grande demais para ser abatido por um iceberg.

A colisão do Titanic com um iceberg

Na noite de 14 de abril, o comandante Smith já tinha ido dormir e pedira ao Primeiro Oficial, William Murdoch, que assumisse seu posto e o avisasse sobre qualquer problema. Por volta de 23h40, o sino do cesto dos vigias tocou indicando algo no caminho do Titanic. Murdoch ordenou que se baixasse as portas à prova de água nos compartimentos inferiores, virasse ao máximo à esquerda e se fizesse marcha à ré a toda potência. Entretanto, a manobra não foi suficiente para evitar o encontro entre o navio e o iceberg.

O navio foi projetado para continuar navegando com três dos compartimentos inundados. Thomas Andrews, um dos projetistas do navio e passageiro na viagem, afirmou que o Titanic poderia até mesmo tolerar água em um quarto compartimento, mas o iceberg abriu rasgos em cinco compartimentos no casco. Andrews calculou que eles tinham por volta de uma hora ou uma hora e meia antes que o navio afundasse.

O capitão Smith agiu com rapidez. À 00h15, enviou uma série de mensagens de socorro. Uma das embarcações que responderam foi o Carpathia (navio a vapor da inglesa Cunard Line), que estava aproximadamente a 93 km de distância, e só conseguiria alcançar o local do naufrágio após 4 horas navegando em velocidade máxima. O navio americano Californian estava a 16 Km, mas o operador de telégrafo do navio não podia decodificar o sinal Marconi usado pelo Titanic e a tripulação do navio interpretou erradamente os sinais luminosos na distância da noite. Foguetes luminosos foram disparados a cada cinco minutos, porém, quaisquer embarcações que tivessem visto os fogos teriam que cruzar vagarosamente as perigosas formações de gelo para auxiliar o navio que afundava.

Devido à colisão com o iceberg ter sido sutil, praticamente nenhum passageiro percebeu que o navio estava em perigo. As pessoas que ouviram rumores de uma emergência os ignoraram, por considerarem o navio inafundável. Uma situação apressada e calamitosa aos poucos deu espaço para o caos, quando ficou claro que o navio não possuía botes salva-vidas em quantidade suficiente para garantir a segurança de todos.
O navio estava equipado com 3560 coletes salva-vidas de cortiça, 49 bóias e 20 botes (com capacidade para 1176 pessoas). À 00h25, o capitão ordenou à sua tripulação que começasse a baixar os primeiros botes com os passageiros da primeira classe. Devido a erros de organização, estes botes não saem com sua capacidade total, o que causará a morte desnecessária de dezenas de pessoas.

Desespero e heroísmo no Titanic

Conforme a água gelada (aproximadamente 2.2°C negativos) do oceano subia dentro do navio, os passageiros da primeira e segunda classes eram guiados em blocos para o convés mais alto. Os passageiros da terceira classe foram detidos nos conveses inferiores e só puderam subir ao convés dos botes após os membros da primeira e segunda classe terem sido embarcados. Muitos membros da terceira classe nunca haviam se afastado de suas cabines e acabaram se perdendo no labirinto de corredores do navio.

Por volta de 2h00 todos os botes salva-vidas haviam sido baixados e metade dos passageiros e tripulantes ainda permaneciam no navio. Eles afivelaram seus coletes salva-vidas enquanto a banda tocava a música "Mais perto, meu Deus, de Ti".
A essa altura, enquanto a parte dianteira afundava, a parte traseira do navio se elevava fora da água com a altura de um prédio de 25 andares. Trinta e uma mil toneladas de água haviam invadido a frente do navio. O capitão Smith dispensou oficialmente a tripulação do seu dever para que eles pudessem escolher seus destinos. As luzes, que funcionavam com dificuldades, apagaram-se definitivamente na noite e a antena de rádio foi cortada quando a segunda chaminé partiu-se e caiu sobre o convés.
Às 2h20 o navio partiu-se ao meio e afundou no Atlântico. O navio Carpathia, da empresa inglesa Cunard Line (que se transformaria na maior rival da White Star Line e a absorveria, tempos depois) foi o primeiro a chegar ao local no naufrágio e resgatou 705 sobreviventes.

Thomas Andrews, o celebrado projetista do navio, aguardou seu destino no Salão de Fumo da primeira classe. Ele nem mesmo usou um colete salva-vidas. O capitão Smith, o Primeiro Oficial William Murdoch, o Segundo Oficial Charles Lightoller, bem como a cúpula da tripulação, permaneceram no navio após evacuar o máximo de passageiros e, apesar da maioria usar coletes, morreram congelados nas águas polares.

Após o acidente foram modificadas as exigências e regras para a navegação, obrigando os navios a transportarem botes salva-vidas em quantidade suficiente para todos a bordo. Houve também a padronização do sistema de comunicação entre as embarcações e destas com a terra, entre outras medidas.

A classe Olympic

O Titanic foi o segundo navio de um total de três da classe Olympic, construídos pela White Star Lines. Seu antecessor chamou-se Olympic, ganhou o apelido de "velho confiável" e navegou de 1911 a 1935, quando foi desativado na cidade de Jarrow, na Inglaterra. O terceiro navio irmão chamou-se Britannic e foi confiscado antes de entrar em serviço pelo almirantado britânico quando começou a Primeira Guerra Mundial, tornando-se um navio hospital. Entrou em operação em 23 de dezembro de 1915 e afundou em 21 de novembro de 1916 na costa da Grécia, atingido por uma mina lançada duas semanas antes por um submarino alemão.
Não deixa de ser irônico pensar que dos três gigantescos navios, a cada novo lançamento eram acrescentadas melhorias para garantir mais segurança e conforto. Entretanto, somente o primeiro dos três sobreviveu às circunstâncias.

A saga do Titanic e seus navios irmãos mostra que a arrogância e ganância dos homens não superam os acasos da natureza e da História.

Fontes de consulta ( Acesse para ver informações e fotos ):
Titanic - Wikipédia ( http://pt.wikipedia.org/wiki/RMS_Titanic )
Titanic - História Licenciatura ( http://hid0141.blogspot.com.br/search?q=titanic )

Olympic e Titanic ( Belfast - Irlanda do Norte / Setembro de 1911 )
Imagem: jornaldoincrivel.info

Britannic
Imagem: titanic.wikia.com

Britannic naufragado ( Costa da Grécia no Mar Mediterrâneo / 2010 )
Imagem: titanicuniverse.com

Titanic naufragado ( Norte do Oceano Atlântico / 2012 )
Imagem: titanicuniverse.com

Sites:

Site com informações sobre a White Star Line e o destino dos demais navios da companhia. 
Outras informações sobre o Titanic nos diversos setores do site:
Titanic Site
http://www.titanicsite.kit.net/white_star_line.html

RMS Olympic - O confiável e sortudo navio do trio de gigantes.
Wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/RMS_Olympic

HMHS Britannic - A última aposta da White Star Lines leva para o fundo o futuro da empresa.
Wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/HMHS_Britannic

HMHS Britannic - 94 anos de seu naufrágio.
Titanic Momentos
http://titanicmomentos.blogspot.com.br/hmhs-britannic

Fotos do Titanic antes e depois do naufrágio:
Blog "As novidades passam por aqui!" 

Discovery Brasil - Explorando os destroços do Titanic
http://discoverybrasil.uol.com.br/titanic/tragedy_titanic/wreck/index.shtml 

100 anos depois: expedições aos destroços do Titanic
http://cnovosnews.blogspot.com.br/2012/03/100-anos

Espionagem na descoberta dos destroços do Titanic
http://titanicmomentos.blogspot.com.br/segredos-na-descoberta-do-titanic.html 

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Vídeos:

Documentário da NatGeo sobre as causas do naufrágio do Titanic. ( 23:33 )
Usando modernas técnicas de investigação e computação gráfica, especialistas descobrem novas evidências que permitem descobrir o que fez com que o navio afundasse nas gélidas águas do Atlântico Norte.
OBS.: É possível assistir o vídeo diretamente no Google Drive, mas dependendo da configuração do seu computador talvez seja necessário baixar o vídeo para assisti-lo. 

Documentário do Discovery Channel sobre a construção do Titanic. ( 45:05 )
http://www.youtube.com/watch?v=rPRsN7cPs6Y  
O filme mostra a situação das pessoas envolvidas no processo de construção do Titanic. Sonhos e realidade se encontram em uma tragédia que entrou para a História.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Queijo e Minas

O mineiro e o queijo

Queijo Minas Padrão
Imagem: imagemnativa.com.br

No século XVIII, aventureiros portugueses em busca de ouro levaram para a região de Minas Gerais a arte do queijo  uma forma de conservar e carregar o leite em suas longas viagens. À medida que estes exploradores percorriam novas áreas, a produção do queijo artesanal se espalhou por Minas Gerais, adaptando-se aos climas serranos.

O botânico francês Auguste de Saint-Hilaire, em viagem pelo Brasil no século XIX, deixou registrada uma das primeiras receitas do queijo brasileiro:
"Tão logo o leite é tirado coloca-se nele o coalho, o que o faz talhar-se instantaneamente. O coalho mais usado é o de capivara, por ser mais facilmente encontrado. As fôrmas são de madeira e de feitio circular, tendo o espaço livre interno mais ou menos o tamanho de um pires. (...) O leite talhado é colocado dentro delas em pequenos pedaços, até enchê-las. Em seguida a massa é espremida com a mão, e o leite cai dentro de uma gamela colocada em baixo. À medida que a massa é talhada vai sendo comprimida na fôrma, nova porção é acrescentada, continuando-se a espremê-la até que a fôrma fique cheia de uma massa totalmente compacta. Cobre-se de sal a parte superior do queijo, e assim ele é deixado até a noite, quando então é virado ao contrário, pulverizando-se também de sal a parte agora exposta".

Mais de 200 anos se passaram e o jeito mineiro de fabricar queijos artesanais pouco mudou. Hoje não se usa mais o coalho de capivara, e o autêntico queijo Minas é produzido por 30 mil famílias, sendo considerado patrimônio cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O reconhecimento de sua importância para a identidade nacional motivou o diretor e roteirista Helvécio Ratton a produzir o documentário “O mineiro e o queijo”.
"Numa família como a minha, encabeçada por duas pessoas nascidas no interior de Minas, a presença do queijo era uma constante dentro de casa", diz Helvécio, que viajou pelas regiões mineiras do Serro, Serra da Canastra e Alto Paranaíba. Ele conta: "Aqueles que moram no Serro, por exemplo, são mais ligados à História, à tradição do queijo. Um deles, o Jorge Simões, tem em sua casa um pequeno museu do queijo, que, aliás, mostramos no filme. Já na Canastra, o pessoal é mais ligado à natureza. O Zé Pão, que é visto ao fim do documentário, mora no topo da Canastra, no meio da mais pura natureza. No Alto Paranaíba estão os melhores comerciantes, são os que melhor se organizaram e têm uma boa estrutura de venda, conseguindo com isso um preço mais alto pelos queijos".

Por ser patrimônio cultural e culinário do Brasil, o queijo Minas feito de leite cru é impedido de ser vendido fora de Minas Gerais por conta de desencontros na lei do Ministério da Agricultura, que regulamenta o comércio. Esse impasse é mostrado no documentário, que conta com depoimentos de José Newton Meneses, historiador do Iphan.

Texto:

Acesse os vídeos abaixo para saber mais sobre o queijo Minas.

O mineiro e o queijo - Trailer do documentário ( 9:43 )
https://www.youtube.com/watch?v=Ho1sWpZxI5w   
e
Ponto Ciência - Fazendo Queijo Minas ( 9:41 )
https://www.youtube.com/watch?v=H-FXdGX9MUI    

Juntamente com o queijo Minas, outro representante da culinária mineira é o pão de queijo.
Veja no vídeo abaixo, do programa Terra de Minas da Rede Globo, como se produz pão de queijo em uma autêntica cozinha mineira.

Receita do tradicional pão de queijo mineiro ( 6:42 )

Se quiser saber mais detalhes sobre o documentário "O mineiro e o queijo", acesse seu site:
http://www.omineiroeoqueijo.com.br/filme 

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Andarilho

Tornar-se andarilho
Autor: Iacyr Anderson Freitas

Imagem: omundoantesdemim-antonio.blogspot.com.br

Do modo como a coisa se deu, sua intricada tessitura, tinha ele agora pouco tino. Parara o carro num restaurante da serra e, enquanto a família terminava de almoçar, resolvera sair para apreciar a paisagem e tomar uma brisa mais fresca na varanda. Uma varanda muito ampla, que circundava um salão em estilo colonial, com dotes de mirante. Lembrava-se também do ar difícil daquele começo de tarde, da sua titubeante luminosidade, do silêncio que a tudo cingia e, naquele momento, como um comboio alucinado dentro do seu peito de homem, tão fortemente ecoava.
Então olhou, através do vidro embaçado, a família que ainda não se levantara da mesa. Naquele instante, como num passe de mágica, ele não mais a reconhecia. Vislumbrou a imagem de sua avó. Essa que nada perguntava, que parecia trazer sempre um catálogo de respostas prontas dentro do vestido. Viu o filho que não deixava de lhe perguntar sobre tudo, como se o tempo, os relógios, o próprio ato de viver fosse explicável. Como se fosse possível a algum vivente visitar cada um dos cômodos de sua própria morte. Viu a filha mais velha, que tanto se parecia com ele, que tanto a ele se agarrava para tentar compreender o que jamais teria resposta. E percebeu que esses rebentos deveriam crescer para melhor trair a espécie. Tal qual ele fizera. Para isso o corpo de cada um se preparava, os dentes, as unhas, o feitio ainda desconjuntado do braço.
Fitou o vulto distante de sua mulher. Sua distância de mil anos. Vulto que decidira a sós, em alguma hora perdida, que não deveria mais caminhar sem a foto 3x4 do marido dentro da bolsa. Vulto que se apoiava nele para enfrentar os filhos, para respirar além dos limites do pequeno apartamento em que viviam. Para existir, ostentando a custo uma insuportável dignidade. Fitou contra a vidraça o vulto dessa família que ele não pedira e que, em verdade, pouco conhecia.
Mas nada parecia girar sob sua esfera de decisão. Tudo estava ali, a postos desde o princípio, qual uma tatuagem amanhecida em seu ombro. Ele não escolhera nem mesmo o modo rasteiro de dizer “boa tarde” ou “como tem passado?” ao síndico do prédio ou aos demais funcionários da repartição. Não buscara salvar do incêndio de seus dias um prazer ao menos. Pouco cultivara as horas que lhe doíam no pulso. As posses tomaram assento em seu sangue e pesavam-lhe, naquele instante, feito pedra no estômago.
Foi quando, deslocando os olhos da vidraça, filtrou a paisagem. E contornou a varanda, em direção a uma das margens da estrada. Pelo caminho, seguiu deixando um rol de entulhos que, como tudo em sua vida, aos poucos se fixara dolorosamente em seu corpo. Objetos criados às sua revelia e que também à revelia ele carregava, com cuidado, para destinos ignorados. Assim, largou os molhos de chaves, a pequena bolsa de moedas, o cordão de ouro, o talão de cheques e a velha carteira.
Viu à frente uma trilha que escorregava pela encosta, afundando-se na mata fechada. Desceu sem pressa. Agora ele podia escolher. Esta era a sua mais íntima grandeza. Um pouco antes do primeiro desvio, lembrou-se também de afrouxar os sapatos e jogar fora os papéis que, nos bolsos, como num último esforço, ainda insistiam inutilmente em chamá-lo pelo nome.

Texto adaptado do livro de contos Trinca dos traídos de Iacyr Anderson Freitas.
Editora Nankin Editorial, São Paulo, 2003. 

quinta-feira, 5 de abril de 2012

A história do amor

A(s) história(s) do amor
Vídeo
Autor: Fantástico ( Rede Globo )

Imagem: wradio.com.br

As formas e motivos com que homens e mulheres se relacionam mudam ao longo do tempo e espaço. Cultura, necessidades ou possibilidades impõe limitações ou obrigações, transformando um impulso emocional em uma dinâmica social.

O Fantástico passou esta série na Globo entre outubro e dezembro de 2011. São 6 vídeos com uma narração divertida e informativa.
Vale a pena separar um tempo para ver (ou rever), rir e refletir sobre como racional e emocional muitas vezes não conseguem caminhar de forma harmônica e complementar.
Aí é cada um por si e o amor com todos...  :x apaixonado

Começo
Episódio 1 (9:21)
https://www.youtube.com/watch?v=vjg23tY53h4  

Sedução
Episódio 2 (6:57)

Namoro
Episódio 3 (8:08)

Casamento
Episódio 4 (9:24)

Ciúme
Episódio 5 (7:22)

Fim
Episódio 6 (8:43)