quinta-feira, 24 de abril de 2014

Grande Guerra

A 1ª Guerra Mundial


A Guerra para acabar com todas as guerras

A Primeira Guerra Mundial foi uma guerra cruel!
Durante sucessivas décadas, gerações de europeus eram convencidas pela propaganda e educação de suas respectivas nações de que nasceram no lugar que estava destinado a ser o dono do mundo.
Na época isso parecia lógico e até mesmo óbvio. Nos séculos anteriores as potências europeias dominaram, de forma crescente e contínua, territórios em todos os continentes do planeta e impunham seus interesses através da diplomacia e das armas. O raciocínio era: se a Europa domina as partes importantes do planeta, quem dominar a Europa será o dono do mundo.
Partindo desta expectativa, aconteceu uma crescente competição armamentista entre as principais potências do planeta na época, principalmente entre o Império Britânico e o Império Alemão, seguidos pela República Francesa, o Império Russo e outras nações. Acreditava-se que quem não investisse em aumentar e equipar seus exércitos seria dominado pelo vizinho e concorrente. Os jogos diplomáticos e a propaganda nacionalista se tornaram cada vez mais intensos, levando a uma situação sem possibilidades de uma solução pacífica.
Era transmitida para os cidadãos de então a ideia de que a guerra que se aproximava seria “a guerra para acabar com todas as guerras”, pois o vitorioso destruiria ou submeteria os possíveis concorrentes e dominaria seus subordinados, não havendo espaço para contestações numa supremacia absoluta. Formava-se uma pesada responsabilidade do tipo “tudo ou nada”, onde a vitória era a única opção para não desonrar seus antepassados e prejudicar seus descendentes. Acreditava-se que ser derrotado significava ser responsável pelo término da glória da cultura a que se pertencia, superior às demais, que foi competentemente erguida e ampliada por seus pais e avós. Lutava-se então pela honra da sua família tanto quanto da nação a que se pertencia.
Neste clima, todos deveriam dar o melhor de si, sem restrições. Dos homens se esperava bravura e força nos campo de batalha e às mulheres caberiam manter as instituições e famílias funcionando na ausência de seus maridos. Havia muita motivação e pressão envolvidas.
Cada nação acreditava possuir ótimos estrategistas e soldados, ansiosos para ter a honra de entrar para a História como a geração responsável pela grande vitória definitiva. Ser eternizado numa vida ou morte gloriosa era o anseio dos europeus do início do século XX.
Novas armas eram criadas ou adaptadas, antes e durante a guerra, para maior poder de destruição e menor custo de fabricação. Algumas eram ostensivamente mostradas à própria população e aos rivais como prova da capacidade ofensiva e da garantia de vitória. Outros armamentos eram guardados em segredo, oferecendo aos seus detentores a sensação de que seriam estes os responsáveis por uma rápida e irresistível vitória.
Os recursos materiais e humanos das nações eram maciçamente canalizados para a guerra de conquista, num contexto conhecido por “guerra total”. Internamente a situação econômica e política dos envolvidos chegava a um ponto criticamente instável, necessitando de novos campos de extração e mercados consumidores para compensar os crescentes gastos bélicos. Era necessário um motivo para começar o conflito! Acreditava-se que quem começasse a guerra teria a vantagem de estar em ação antes que os oponentes estivessem prontos com o máximo de seu potencial. Isso explica porque o assassinato de apenas um homem, num contexto de violência interna do Império Austro-Húngaro, rapidamente colocou as máquinas de guerra em ação.

Entusiasmados soldados alemães rumando para a frente de batalha em 1914
As frases escritas no vagão ferroviário dizem:
"Viagem para Paris"
"Te vejo mais tarde no Boulevard"
"Para a luta"
"Meu desejo é de morte pela espada"

Causas da Primeira Guerra Mundial

Ao longo do século XIX, as grandes potências europeias se empenharam para expandir seus territórios através dos demais continentes do planeta, enquanto se esforçavam para manter o equilíbrio de poder na Europa, resultando na existência de uma complexa rede de alianças políticas e militares em todo o continente por volta de 1900. Estes acordos começaram em 1815, com a Santa Aliança entre o Reino da Prússia, o Império Russo e o Império Austríaco. Em outubro de 1873, o chanceler alemão Otto von Bismarck negociou a Liga dos Três Imperadores entre os monarcas da Áustria-Hungria, Rússia e Alemanha. Este acordo falhou porque a Áustria-Hungria e a Rússia tinham interesses conflitantes nos Bálcãs, o que fez com que a Alemanha e Áustria-Hungria formassem uma aliança em 1879, chamada de Aliança Dua. Isto foi visto como uma forma de combater a influência russa nos Bálcãs, aproveitando-se do enfraquecimento do Império Otomano. Em 1882, esta aliança foi ampliada para incluir a Itália, tornando-se a Tríplice Aliança.
Quando Guilherme II subiu ao trono como imperador alemão (Kaiser), Bismarck foi obrigado a se aposentar e seu sistema de alianças foi gradualmente enfraquecido. O Kaiser se recusou a renovar o Tratado de Resseguro com a Rússia em 1890. Dois anos mais tarde, a Aliança Franco-Russa foi assinada para contrabalançar a força da Tríplice Aliança. Em 1904, o Reino Unido assinou uma série de acordos com a França, a Entente Cordiale, e em 1907, o Reino Unido e a Rússia assinaram a Convenção Anglo-Russa. Embora estes acordos não tenham formalmente aliado o Reino Unido com a França e a Rússia, o sistema de acordos bilaterais se tornou conhecido como a Tríplice Entente. 

O poder industrial e econômico dos alemães havia crescido muito depois da unificação e da fundação do império em 1871. Desde meados da década de 1890, o governo de Guilherme II usou essa base para dedicar significativos recursos econômicos para a edificação da Marinha Imperial Alemã, criada pelo almirante Alfred von Tirpitz, para rivalizar com a Marinha Real Britânica na supremacia naval mundial. Como resultado, este dois impérios se esforçaram para construir mais e melhores navios. Com o lançamento do HMS Dreadnought em 1906, o Império Britânico expandiu a sua vantagem sobre seu rival alemão. A corrida armamentista entre o Reino Unido e Alemanha repercutiu nas outras nações europeias, com todas as grandes potências usando sua base industrial para produzir equipamentos e as armas necessárias para defender seus territórios e interesses. Entre 1908 e 1913, os gastos militares das potências europeias aumentou em 50%.

A Áustria-Hungria causou em 1908 a Crise Bósnia ao anexar oficialmente o antigo território otomano da Bósnia e Herzegovina, que ocupava desde 1878. Isto irritou o Reino da Sérvia e seu aliado, o Império Russo.
Em 1912 e 1913, a Primeira Guerra Balcânica foi travada entre a Liga Balcânica e o fragmentado Império Otomano. O Tratado de Londres resultante encolheu o Império Otomano, com a criação da Albânia e a ampliação dos territórios da Bulgária, Sérvia, Montenegro e Grécia. Em 16 de junho de 1913 a Bulgária atacou a Sérvia e a Grécia, causando a Segunda Guerra Balcânica. A Bulgária perdeu a maior parte da Macedônia para a Sérvia e Grécia, e Dobruja do Sul para a Romênia, desestabilizando ainda mais a região e acirrando os ânimos armamentistas.

De modo simplista, pode-se afirmar que os motivos para o início da Primeira Guerra Mundial foram:
Movimentos nacionalistas;
Imperialismo político e econômico;
Corrida armamentista;
Um complexo sistema de alianças políticas e militares;
Disputas por territórios e mercados;
Revanchismo.

Razões para cada nação entrar na 1ª Guerra Mundial
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Resumo da Primeira Guerra Mundial 

A Primeira Guerra Mundial – também conhecida como Grande Guerra ou Guerra das Guerras até o início da Segunda Guerra Mundial – foi uma guerra global centrada na Europa, que começou em 28 de julho de 1914 e terminou em 11 de novembro de 1918. O conflito envolveu as grandes potências de todo o mundo no início do século XX, que se organizaram em duas alianças opostas: os Aliados (Império Britânico, República Francesa e Império Russo), baseados no tratado diplomático da Tríplice Entente, contra os Impérios Centrais (Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Império Otomano). Originalmente os Impérios Centrais baseavam-se no tratado diplomático chamado Tríplice Aliança, entre o Império Alemão, Império Austro-Húngaro e o Reino da Itália. A Itália se declarou neutra no início da guerra pela rivalidade com os austro-húngaros por territórios na fronteira entre os dois países.
Foram mobilizados aproximadamente 64 milhões de militares em uma das maiores guerras da história. Aproximadamente 8,5 milhões de combatentes morreram, em grande parte por causa de avanços tecnológicos que determinaram um enorme crescimento na eficiência das armas, sem melhorias proporcionais nas estratégias, que ainda seguiam o raciocínio de tropas maciças atacando de forma direta. Foi o sexto conflito mais mortal na história da humanidade e que posteriormente abriu caminho para várias mudanças políticas, como revoluções e independências em muitas das nações envolvidas e suas colônias ao redor do planeta.

Em 28 de junho de 1914, Gavrilo Princip, um estudante sérvio-bósnio e membro do grupo revolucionário Jovem Bósnia, assassinou o herdeiro do trono austro-húngaro, o arquiduque Francisco Fernando da Áustria, em Sarajevo, na Bósnia. Isto iniciou um mês de manobras diplomáticas entre Áustria-Hungria, Alemanha, Rússia, França e Reino Unido, no que ficou conhecido como a Crise de Julho. Querendo acabar com a interferência sérvia na Bósnia, o movimento guerrilheiro Mão Negra forneceu bombas e pistolas, treinamento e ajuda a Princip e seu grupo para atravessar a fronteira. Os austríacos acreditavam, corretamente, que os oficiais e funcionários sérvios estavam envolvidos.
Após o assassinato do arquiduque Francisco Fernando, o Império Austro-Húngaro esperou três semanas antes de iniciar ações militares. Essa espera deveu-se ao fato de que grande parte do efetivo militar estava na ajuda à colheita, o que impossibilitava uma ação militar imediata. Em 23 de julho, graças ao apoio alemão em caso de guerra, o Império Austro-Húngaro entregou o Ultimato de Julho para a Sérvia, uma série de dez reivindicações criadas, intencionalmente, para serem inaceitáveis, com a intenção de provocar uma guerra com a Sérvia. Entre as requisições estavam a de que agentes austríacos fariam parte das investigações do assassinato do Arquiduque, e que a Sérvia admitisse participação de oficiais e agentes sérvios na organização do atentado. Quando a Sérvia não concordou com estas duas reivindicações, a Áustria-Hungria declarou guerra ao país em 28 de julho de 1914.

Diversas alianças formadas ao longo das décadas anteriores foram invocadas, e em algumas semanas as grandes potências estavam em guerra e, através de suas colônias, espalharam o conflito ao redor do planeta.

Abaixo é possível perceber o “efeito dominó” das declarações de guerra na Primeira Guerra Mundial:

28 de julho de 1914: Áustria-Hungria declara guerra à Sérvia. Início da Primeira Guerra Mundial.
1 de agosto de 1914: Alemanha declara guerra à Rússia e invade o Luxemburgo e a Bélgica.
3 de agosto de 1914: Alemanha declara guerra à França e à Bélgica e invade a Rússia. A Itália declara neutralidade.
4 de agosto de 1914: Grã-Bretanha e a França declaram guerra à Alemanha.
5 de agosto de 1914: Montenegro declara guerra à Áustria-Hungria.
6 de agosto de 1914: Áustria-Hungria declara guerra à Rússia. A Sérvia declara guerra à Alemanha.
9 de agosto de 1914: Montenegro declara guerra à Alemanha.
11 de agosto de 1914: França declara guerra à Áustria-Hungria.
12 de agosto de 1914: Grã-Bretanha declara guerra à Áustria-Hungria. Mobilização geral na Rússia. Tropas da Áustria-Hungria invadem a Sérvia.
22 de agosto de 1914: Áustria-Hungria declara guerra à Bélgica.
23 de agosto de 1914: Japão declara guerra à Alemanha.
25 de agosto de 1914: Japão declara guerra à Áustria-Hungria.
27 de agosto de 1914: Áustria-Hungria declara guerra ao Japão.
28 de agosto de 1914: Áustria-Hungria declara guerra à Bélgica.
28 de setembro de 1914: Áustria-Hungria declara guerra à Sérvia.
29 de outubro de 1914: Império Otomano declara guerra à Inglaterra, França, Rússia, Sérvia e Montenegro.
1 de novembro de 1914: Rússia declara guerra ao Império Otomano.
3 de novembro de 1914: Montenegro declara guerra ao Império Otomano.
4 de novembro de 1914: Rússia e Sérvia declaram guerra ao Império Otomano.
5 de novembro de 1914: França e Grã-Bretanha declaram guerra ao Império Otomano.
23 de maio de 1915: Itália declara guerra à Áustria-Hungria.
3 de junho de 1915: San Marino declara guerra à Áustria-Hungria.
20 de agosto de 1915: Itália declara guerra ao Império Otomano.
14 de outubro de 1915: Bulgária declara guerra à Sérvia.
15 de outubro de 1915: Grã-Bretanha e o Montenegro declaram guerra à Bulgária.
16 de outubro de 1915: França declara guerra à Bulgária.
19 de outubro de 1915: Itália e a Rússia declaram guerra à Bulgária.
9 de março de 1916 : Alemanha declara guerra a Portugal.
15 de março de 1916: Áustria-Hungria declara guerra a Portugal.
27 de agosto de 1916: Romênia declara guerra à Austria-Hungria.
28 de agosto de 1916: Itália declara guerra à Alemanha.
29 de agosto de 1916: Alemanha declara guerra à Romênia.
6 de abril de 1917: Estados Unidos declaram guerra à Alemanha.
7 de abril de 1917: Cuba e Panamá declaram guerra à Alemanha.
27 de junho de 1917: Grécia declara guerra à Alemanha, Áustria-Hungria, Bulgária e Império Otomano.
14 de agosto de 1917: China declara guerra à Alemanha.
7 de dezembro de 1917: Estados Unidos declaram guerra à Áustria-Hungria.
 3 de março de 1918: Rússia assina com as Potências Centrais o Tratado de Brest-Litovsk e se retira da 1ª Guerra Mundial.
30 de setembro de 1918: Bulgária assina com os Aliados o Armistício de Tessalônica e se rende.
30 de outubro de 1918: Império Otomano assina com os Aliados o Armistício de Mudros e se rende.
4 de novembro de 1918: Império Austro-Húngaro assina com a Itália o Armistício de Villa Giusti e se rende.
11 de novembro de 1918: Alemanha assina com os Aliados o Armistício de Compiègne e se rende. Fim da Primeira Guerra Mundial.

Para saber mais detalhes sobre as datas das declarações de guerra, batalhas e principais eventos da Primeira Guerra Mundial, acesse:
Wikipédia
Cronologia da Primeira Guerra Mundial
Tropa austro-húngara executa prisioneiros na Sérvia em 1917.
( Morreram aproximadamente 850 mil pessoas na Sérvia, 
um quarto de sua população antes da guerra  )

A primeira ação militar da Primeira Guerra Mundial foi o bombardeio a Belgrado (capital sérvia) pelos Austro-Húngaros em 29 de julho de 1914.
O Império Russo, aliado de longa data do Reino da Sérvia, ordenou uma mobilização parcial um dia depois. O Império Alemão mobilizou-se em 30 de julho para apoiar o aliado Império Austro-Húngaro, pronto para aplicar o "Plano Schlieffen", que planejava uma invasão rápida e massiva à França, passando por Luxemburgo e pela Bélgica, para eliminar o exército francês e, em seguida, virar para o leste contra a Rússia. O governo francês resistiu à pressão militar para iniciar a mobilização imediata e ordenou que suas tropas recuassem 10 km da fronteira, para evitar qualquer incidente. A França só se mobilizou na noite de 2 de agosto, quando a Alemanha invadiu a Bélgica e atacou tropas francesas. O Império Alemão declarou guerra à Rússia no mesmo dia 2 de agosto. O Reino Unido declarou guerra à Alemanha em 4 de agosto de 1914, após uma "resposta insatisfatória" para o ultimato britânico de que a Bélgica deveria ser mantida neutra.
No dia 30 de julho de 1914 o Império Alemão mandou um ultimato ao Império Russo para parar a mobilização de suas tropas dentro de 12 horas. Em 1 de agosto o ultimato tinha expirado sem qualquer resposta russa. A Alemanha então declarou-lhe guerra. Em 2 de agosto a Alemanha ocupou Luxemburgo, como o passo inicial da invasão à Bélgica, seguindo o Plano Schlieffen. A Alemanha tinha enviado um ultimato à Bélgica requisitando livre passagem do exército alemão por seu território rumo à França. Como tal pedido foi recusado, foi declarada guerra a Bélgica.
Em 3 de agosto, a Alemanha declarou guerra à França, e no dia seguinte invadiu a Bélgica. Tal ato, violando a soberania belga – que Grã-Bretanha, França e a própria Alemanha estavam comprometidos a garantir – fez com que o Império Britânico saísse da sua posição neutra e declarasse guerra à Alemanha em 4 de agosto de 1914.
Em 17 de agosto de 1914 os russos atacaram a Alemanha, mas foram detidos. Depois da ofensiva alemã na França ser detida, a Frente Ocidental estabeleceu-se em uma sucessão de batalhas com linhas de trincheiras que pouco mudou até 1917. Na Frente Oriental, o exército russo lutou com sucesso contra as forças austro-húngaras, mas foi forçado a recuar pelo exército alemão na Prússia Oriental e na Polônia.

Para saber mais sobre o início da Primeira Guerra Mundial, acesse:
Veja na História
A explosão

Frentes de batalha adicionais abriram-se depois que o Império Otomano entrou na guerra em 29 de outubro de 1914 ao lado dos Impérios Centrais. A Itália juntou-se aos Aliados em 23 de maio de 1915, declarando guerra à Áustria-Hungria. O Reino da Bulgária entrou na guerra em 14 de outubro de 1915 aliando-se aos Impérios Centrais. Em 27 de agosto 1916 foi a vez do Reino da Romênia juntar-se aos aliados e entrar na guerra.
O Império Russo entrou em colapso com a revolução comunista em outubro de 1917 e a Rússia assinou um tratado de paz com os Impérios Centrais, retirando-se da guerra. Depois de uma ofensiva alemã em 1918 na Frente Ocidental, os Aliados forçaram o recuo dos exércitos alemães em uma série de ofensivas e as forças dos Estados Unidos, chegando à Europa, reforçaram as tropas dos Aliados. O Império Alemão, esgotado militarmente e com indícios de uma possível revolução comunista interna, rendeu-se em 11 de novembro de 1918, terminando a guerra com a vitória dos Aliados.

No link abaixo é possível baixar um PowerPoint com o resumo da Primeira Guerra Mundial:
• Após acessar o link, clicar em "Arquivo" abaixo de "Primeira Guerra Mundial.pps" e depois clicar em "Fazer download"; ou
• Clicar na seta para baixo, abaixo da palavra "Arquivo" e ao lado do ícone da impressora.
Obs:
- Este PowerPoint foi produzido pelo professor Pedro Paulo Dias, autor do blog História Pensante (http://www.historiapensante.blogspot.com.br)
- Devido à incompatibilidade entre versões do PowerPoint, talvez apareça um Alerta de Segurança quando se acessa a apresentação. Já abri diversas vezes este PowerPoint e o mesmo não possui vírus ou qualquer outro programa malicioso embutido! Basta seguir a recomendação do alerta de segurança e a apresentação abrirá sem problemas.

Mapa da Europa no início e no fim da 1ª Guerra Mundial
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Os combates na Europa durante a Primeira Guerra Mundial

A Alemanha tinha garantido o apoio à invasão austro-húngara à Sérvia, mas a falta de comunicação entre os dois impérios causou prejuízos. Os líderes austro-húngaros acreditavam que a Alemanha daria cobertura ao flanco setentrional contra a Rússia. A Alemanha, porém, tinha planejado que o Império Austro-Húngaro focasse a maioria de suas tropas na luta contra a Rússia enquanto combatia a França na Frente Ocidental. Tal confusão forçou o exército Austro-Húngaro a dividir suas tropas. Mais da metade das tropas foi combater os russos na fronteira, enquanto um pequeno grupo foi deslocado para invadir e conquistar a Sérvia.

O exército sérvio executou uma estratégia defensiva para conter os invasores austro-húngaros, culminando na Batalha de Cer. Os sérvios ocuparam posições defensivas no lado sul do rio Drina. Nas duas primeiras semanas os ataques austro-húngaros foram repelidos causando grandes perdas em seu exército, frustrando as expectativas austro-húngaras de uma vitória fácil e rápida, obrigando-os a manter uma grande força na fronteira sérvia, enfraquecendo as tropas que batalhavam contra a Rússia na Frente Oriental.

Após invadir o território belga, o exército alemão encontrou imediata resistência na fortificada cidade de Liège. Apesar de o exército alemão ter continuado a rápida marcha rumo à França, a invasão germânica tinha provocado a decisão britânica de intervir em ajuda a Tríplice Entente. Para o Reino Unido os portos belgas de Antuérpia e Oostende eram muito importantes para cair sob domínio da Alemanha. Por isso enviou um exército para a Bélgica, atrasando o avanço alemão.

Inicialmente os alemães tiveram uma série de vitórias em batalhas travadas ao longo da fronteira oriental da França e sul da Bélgica, que ficaram conhecidas como Batalha das Fronteiras (14 de agosto a 24 de agosto de 1914). A Rússia, porém, atacou a Prússia Oriental, o que obrigou o deslocamento de tropas alemãs que estavam planejadas para ir a Frente Ocidental. A Alemanha derrotou a Rússia em uma série de confrontos chamados da Segunda Batalha de Tannenberg (17 de agosto a 2 de setembro de 1914). O deslocamento de tropas para combater os russos, porém, acabou permitindo uma contra-ofensiva em conjunto das forças francesas e inglesas, que conseguiram parar os alemães em seu caminho para Paris, na Primeira Batalha do Marne (setembro de 1914), forçando o exército alemão a lutar em duas frentes, posicionando-se numa defensiva dentro da França, que conseguiu neutralizar permanentemente 230.000 franceses e britânicos. 

A guerra configurou-se em três frentes simultâneas de batalha: A Frente Ocidental (principalmente os alemães contra os franceses e ingleses), a Frente Oriental (principalmente os alemães e austro-húngaros contra os russos) e a Frente Balcânica (austro-húngaros, alemães, búlgaros e otomanos contra sérvios, romenos, gregos, italianos e ingleses).

Mapa das frentes Ocidental, Oriental e Balcânica
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A trégua no natal de 1914

Em dezembro de 1914, chegando a primeira época natalícia durante a guerra, soldados de ambos os lados da Frente Ocidental, por conta própria, cessaram as hostilidades e saíram das trincheiras para se cumprimentar e trocar alguns pequenos presentes e alimentos, episódio conhecido como Trégua de Natal. Isto ocorreu sem o consentimento do comando e foi um evento único. Não se repetiu posteriormente devido ao crescente número de baixas que causou um embrutecimento dos sentimentos dos soldados e dos comandos.

Para saber mais sobre a trégua de natal em 1914, acesse:

Soldados alemães e ingleses juntos no natal de 1914 

A guerra nas trincheiras e o uso de armas químicas

O início da guerra foi marcado pelo ataque alemão através da Bélgica em direção à França. Este avanço foi repelido no início de setembro de 1914, nos arredores de Paris, por tropas francesas e britânicas, na Primeira Batalha do Marne. Os aliados empurraram as forças alemãs para trás cerca de 50 km. Os germânicos seguiram então para o vale do Aisne, onde prepararam suas posições defensivas.
As forças aliadas não foram capazes de romper a linha de defesa alemã e criou-se um impasse. Nenhum dos lados estava disposto a ceder terreno e ambos começaram a desenvolver sistemas fortificados de trincheiras. Isso significou o fim da guerra móvel no oeste da Europa.
Em novembro de 1914 existia desde o litoral do Mar do Norte até a fronteira suíça um grande complexo de trincheiras, ocupado em ambos os lados por centenas de milhares de militares em posições defensivas.
A utilização de trincheiras não era nenhuma novidade em guerras. A novidade era a extensão, a dimensão destes sistemas de defesa, a quantidade de homens que as utilizavam e o uso maciço de artilharia e fogo de metralhadoras.

Os avanços na tecnologia militar levaram a um poder de fogo defensivo maior que a capacidade ofensiva, tornando a guerra extremamente mortífera. O arame farpado era um constante obstáculo para os avanços da infantaria; a artilharia, muito mais letal que no século XIX, armada com as inovadoras metralhadoras e canhões de grossos calibres e longas distâncias. Os alemães começaram a usar gases tóxicos em 1915 e, logo depois, ambos os lados usavam da mesma estratégia. Nenhum dos lados ganhou a guerra pelo uso de armas químicas, mas estas fizeram a vida nas trincheiras ainda mais tensa e desagradável, tornando-se um dos mais temidos e lembrados horrores de guerra.

Para saber mais sobre a Guerra de Trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial, acesse:

Para saber mais sobre as armas químicas durante a Primeira Guerra Mundial, acesse:

Tropa alemã entrincheirada e equipada com máscara para gás 

A guerra no ar

No início do século XX balões equipados com rádios eram usados para observação. A guerra aérea envolveu duas descobertas significativas: os dirigíveis e os aviões. Em 1918 os dirigíveis alemães (zeppelins) podiam carregar 50 toneladas de bombas e voar a 130 Km/h. No entanto, foram inutilizados pelas balas explosivas em 1916, que incendiavam seu interior cheio de hidrogênio.
Os aviões, a princípio, eram usados somente para observação. Com o uso do rádio passaram a transmitir informações para os comandos militares em missões de reconhecimento, depois à fotografia e por fim ao bombardeio.
Até a Primeira Guerra Mundial os pilotos de aviões eram frutos de iniciativas particulares, geralmente inventores, aventureiros ou ricos e nobres, que podiam pagar os altos custos das aulas de pilotagem, da confecção ou compra e manutenção de seus aviões. Não haviam ainda forças aéreas organizadas em padrões militares e mantidas por governos, com a formação em série de pilotos.
No início da Primeira Guerra Mundial, eram os nobres e ricos a maioria dos pilotos da então pequena força aérea de cada nação.
Com o transcorrer da guerra, as forças aéreas cresceram em ritmo acelerado. Em 1914 a Alemanha possuía 200 aviões e a Inglaterra e França 100 aviões cada. Em 1918, a recém-criada Real Força Aérea britânica tinha 22 mil aviões.
Em 1915, a companhia alemã Fokker inventou um dispositivo que coordenava a rotação das hélices com o disparo da metralhadora, permitindo que o piloto guiasse e atirasse ao mesmo tempo, criando a aviação de caça. Em pouco tempo, ambos os lados tinham esquadrões de caça com biplanos e triplanos velozes e de rápida manobra.

Os nobres e ricos, no início da aviação de caça, possuíam um informal código de honra que aproximava os combates aéreos de “caçadas” por prêmios e glórias, disputando entre si o maior número de aviões abatidos. Oponente abatido não era necessariamente oponente morto. Ao perceber que o avião inimigo estava com o motor em chamas ou algum comando danificado, os tiros cessavam sobre aquele adversário e procurava-se outro inimigo para combater, pois restava ao piloto “abatido” somente a difícil tarefa de tentar pousar seu rudimentar avião sem morrer.
Com o passar do conflito e o crescente número de mortes, este “espírito esportivo” caiu mediante uma nova geração de pilotos, jovens e pobres, formados apressadamente pelos governos. O maior número de aviões no céu e o aumento do poder de fogo das tropas terrestres transformaram os antigos “duelos aéreos” numa tensa luta pela sobrevivência, sem espaço para gentilezas.
Todas as nações possuíam seus “ases” (pilotos com maior número de oponentes aéreos abatidos), mas o mais famoso da guerra foi o barão alemão Manfred Von Richthofen, conhecido como “Barão Vermelho”, que, antes de morrer em 21 de abril de 1918, tornou-se o maior ás da Primeira Guerra Mundial derrubando 80 aviões inimigos.

Os aviões bombardeiros também evoluíram rapidamente! Inicialmente eram usados aviões monomotores com dois cockpits, onde o piloto ficava à frente e um artilheiro carregava uma bomba em seu colo atrás. Durante o voo o artilheiro armava a bomba, então o avião descia o mais que conseguia sem tornar-se um alvo fácil para as tropas terrestres; o artilheiro então jogava a bomba pela lateral do avião. Com o tempo foram criados tubos rudimentares que permitiam ao artilheiro jogar duas ou três bombas pela parte de baixo do avião com maior precisão. Em 1917 já existiam aviões bombardeiros tripulados por um piloto e três artilheiros (dois deles em metralhadoras dianteira e traseira e outro responsável pelas bombas), com 2 ou 4 motores, capazes de transportar 1300 Kg de bombas a 140Km/h e uma autonomia de 500 Km de distância.

Fontes:

Uma guerra para a paz: 1914-1918 (John Man), Editora Reader’s Digest, Rio de Janeiro: 2003.

Bombardeiros da 1ª Guerra Mundial 

Para saber mais sobre a guerra aérea durante a Primeira Guerra Mundial, acesse:
( Em destaque o triplano alemão Fokker Dr I e o biplano inglês Sopwith F.1 Camel )

A guerra no mar

Tanto a Inglaterra quanto a Alemanha possuíam fortes marinhas em 1914. Como os alemães sabiam que a marinha inglesa era superior em número, procuravam conservar seus navios em seus bem defendidos portos. Duas novas armas – as minas e os submarinos – aumentavam as capacidades defensivas e diminuíam a antiga supremacia dos navios encouraçados.
A marinha inglesa era mais ativa, protegendo as rotas marítimas de seus comboios próximos à Inglaterra. No início da guerra, cruzadores ingleses fizeram uma incursão na baía de Heligolândia, pondo a pique três cruzadores alemães; cruzadores alemães bombardearam Scarborough, Hartlepool e Great Yarmouth, no litoral inglês; e três antigos cruzadores ingleses foram afundados por um submarino alemão.
Enquanto isso, o alto-mar estava livre. Havia oito cruzadores alemães operando na China; um deles, o Emden, causou grandes estragos aos navios ingleses no Oceano Índico durante o outono de 1914. Perseguido por 78 navios dos Aliados, o cruzador alemão foi afundado pelo cruzador australiano Sydney. Outros cruzadores alemães dirigiram-se à região da América do Sul e foram perseguidos por embarcações inglesas sediadas nas ilhas Malvinas. Após confronto, os alemães perderam quatro navios e 2200 vidas. Daí em diante os alemães mantiveram sua frota nos portos para evitar novas perdas e os ingleses dominaram os mares, deixando as colônias alemãs isoladas.

Em 1915 os ingleses reivindicaram o direito de interceptar todos os navios suspeitos de transportar suprimentos para a Alemanha. Como a frota de superfície inglesa era mais poderosa, os alemães reagiram com uma nova estratégia, numa ofensiva exclusivamente submarina, afundando navios mercantes – até mesmo de países neutros – que estivessem abastecendo a Inglaterra. Até então os submarinos só eram usados como elementos auxiliares das frotas principais, que tinham como elementos mais poderosos os grandes e caros encouraçados. A campanha alemã de guerra submarina prosseguiu por um ano, conseguindo diminuir o abastecimento inglês, mas causou desastrosas consequências diplomáticas para os alemães, motivando a entrada na guerra ao lado dos Aliados de países como os Estados Unidos, o Brasil e outros, por conta do afundamento de seus navios comerciais e de passageiros.

A batalha de Jutlândia
No verão de 1916 os alemães tentaram usar sua frota para atrair parte da marinha inglesa, que defendia os portos do Reino Unido, para o alcance dos submarinos. Acontece que em outubro de 1914 os ingleses haviam recebido dos russos o manual de código naval dos alemães, capturado com o capitão de um cruzador afundado no Mar Báltico, e haviam decodificado suas informações; por conseguinte, quando a frota alemã de 103 navios partiu, uma força britânica de 151 embarcações estava preparada para o combate. No encontro das duas frotas, ocorrido em 31 de maio de 1916 a 130 Km da península dinamarquesa de Jutlândia, os alemães estavam numa posição tática desfavorável e, percebendo a inferioridade numérica, fizeram meia volta e começaram a rumar para a Alemanha, sendo perseguidos pela frota inglesa. Seguiu-se um combate de retirada que durou até às 10 horas da noite, onde os ingleses perderam 14 embarcações e os alemães 10. Por duas vezes os ingleses quase interceptaram os alemães, mas estes conseguiram se evadir e chegar à segurança de seus portos.
A batalha deu aos alemães a confirmação de que seu único recurso era concentrarem-se nos submarinos e em abril de 1916 estes estavam afundando um em cada quatro navios mercantes que partiam para a Inglaterra.

Em 1917 os Aliados adaptaram a forma de realizar comboios marítimos, tornando-os mais eficientes, com balões de vigias acompanhando cruzadores, contratorpedeiros e torpedeiros junto aos navios mercantes. Estes comboios passaram a ser usados em larga escala, fazendo as perdas aliadas caírem de 25% para 0,25% do total de cargas transportadas.
No início de 1918 os Aliados construíam mais tonelagem que os submarinos alemães eram capazes de destruir, principalmente quando a saída dos principais portos alemães, numa passagem de 290 Km próxima à  Noruega, foi obstruída por uma série de 70 mil minas.
Os aliados haviam vencido a guerra no mar!

Fonte:
Uma guerra para a paz: 1914-1918 (John Man), Editora Reader’s Digest, Rio de Janeiro: 2003.

Para saber mais sobre a guerra marítima durante a Primeira Guerra Mundial, acesse:
( Em inglês – Necessário usar o tradutor )

Para saber mais sobre a Batalha de Jutlândia, acesse:

Navios do tipo Dreadnoughts classe Orion da Real Marinha Britânica
( Dreadnought Evers à frente )

Os combates fora da Europa durante a Primeira Guerra Mundial

Algumas das primeiras hostilidades de guerra ocorreram no continente africano e no Oceano Pacífico, nas colônias e territórios das nações europeias. Em agosto de 1914, uma força combinada da França e do Império Britânico invadiu o protetorado alemão da Togoland, no Togo. Pouco depois, em 10 de agosto, as forças alemãs baseadas na Namíbia atacaram a África do Sul, que pertencia ao Império Britânico. Em 30 de agosto a Nova Zelândia invadiu a Samoa, da Alemanha; em 11 de setembro a Força Naval e Expedicionária Australiana desembarcou na ilha de Neu Pommern (mais tarde renomeada Nova Bretanha), que fazia parte da chamada Nova Guiné Alemã. O Japão invadiu as colônias micronésias e o porto alemão de abastecimento de carvão de Qingdao na península chinesa de Shandong. Com isso, em poucos meses, a Tríplice Entente tinha dominado todos os territórios alemães no Pacífico. Batalhas esporádicas, porém, ainda ocorriam na África.

África no início da Primeira Guerra Mundial
Somente os territórios da Etiópia e Libéria eram independentes
( Clique no mapa para ampliá-lo )

Ásia no início da Primeira Guerra Mundial
( Clique no mapa para ampliá-lo )

A propaganda na guerra

A 1ª Guerra Mundial foi o primeiro grande conflito a ser amplamente registrado em fotografias. Antes disso, o peso dos antigos equipamentos e necessidade de prolongado tempo de exposição limitavam seu uso a ocasiões pacíficas. 
O uso do filme (substituindo as antigas placas de vidro) e das lentes longas se mostrou essencial nos reconhecimentos aéreos. Na época do conflito, já existiam câmeras portáteis e amadores tinham Kodaks de bolso, mas os comandantes empenhavam-se em restringir as fotos para evitar espionagem e a desmotivação através de cenas chocantes ou derrotistas. As forças armadas inglesas indicaram apenas 16 fotógrafos oficiais, enquanto a França possuía 30 deles e a Alemanha 60. 
Os jornais de grande circulação limitavam criteriosamente o uso de fotos mais impressionantes, mas a imprensa popular e as revistas, em busca de grandes vendagens, divulgavam fortes imagens feitas pelos profissionais e pelos participantes do conflito, com suas fotos amadoras, mostrando de forma crua a destruição e sofrimento causados pelo conflito.
O inicial patriotismo e empolgação das pessoas e artistas converteu-se em amargura e depois indignação diante da brutalidade da guerra. Poemas, discursos, quadros e fotos que primeiramente mostravam a glória que estaria por vir transformaram-se em lamentações e denúncias das atrocidades dos combates. Tais críticas eram censuradas durante o conflito, mas tornaram-se publicadas com o fim da guerra.
Os governos promoveram cartazes, fotos e pequenos filmes que enalteciam a bravura de seus combatentes e a força de seus exércitos. Estas peças publicitárias tinham por objetivo manter a população motivada em seu esforço de guerra e incentivar novos recrutamentos para suprir as enormes baixas. Criaram-se alguns falsos mitos de atrocidades realizadas pelos adversários ou divulgaram fatos distorcidos para causar um sentimento de rancor pelas nações inimigas.

Alemães filmando a partir de uma trincheira
Frente Ocidental ( 1917 ou 1918 )

Fim da guerra

A partir de 1917, a situação de imobilidade começou a se alterar com a entrada de novas estratégias e armas, como o tanque de guerra e a aprimoração da aviação militar, além da chegada das forças norte-americanas e a substituição de antigos comandantes por outros com nova visão da guerra e com táticas menos penosas para as tropas.

Foram lançadas grandes ofensivas, de ambos os lados, que causaram profundas alterações no desenho da frente, acabando por colocar as tropas alemãs na defensiva. Com as sucessivas rendições da Bulgária em 30 de setembro de 1918, do Império Otomano em 30 de outubro de 1918 e do Império Austro-Húngaro em 4 de novembro de 1918, a Alemanha viu-se sozinha na guerra contra um número crescente de tropas dos Aliados. Esgotado financeiramente e com indícios de uma possível revolução comunista interna, o Império Alemão rendeu-se em 11 de novembro de 1918, terminando a Primeira Guerra Mundial com a vitória dos Aliados.

Ofensiva aliada na Frente Ocidental ( 1918 )

A Primeira Guerra Mundial em números

Para os que combatiam, a guerra que começou como uma luta para a glória rapidamente perdeu sentido! A ânsia para a vitória transformou-se numa rotina de me matar e não morrer e terminou numa luta para sobreviver.
Há uma considerável variação nos números apresentados sobre a Primeira Guerra Mundial, dependendo da fonte consultada.
Eu escolhi como fonte para estes números o livro Uma guerra para a paz: 1914-1918, de John Man, publicado em 2003 pela Reader’s Digest (Rio de Janeiro), por considerar a editora confiável e pelo fato dos números apresentados serem um meio termo entre os menores e maiores números que encontrei nas diversas fontes que consultei.
A Grande Guerra matou aproximadamente 8,5 milhões de militares na Europa! Contabilizando também os civis, estima-se 15 milhões de mortes e mais 30 milhões de feridos diretamente relacionados à guerra. O que se perdeu durante o conflito em riquezas, artes, gênio, alegria e confiança na civilização não seriam recuperados pelas gerações participantes. As feridas abertas de um mundo destruído não fecharam e 21 anos depois começa a Segunda Guerra Mundial, continuação e consequência da Primeira Guerra Mundial.

Aliados

Forças mobilizadas
Mortos
Feridos
Rússia
12.000.000
1.700.000
4.950.000
França
8.410.000
1.357.000
4.266.000
Itália
5.615.000
650.000
947.000
Inglaterra
4.970.900
743.000
1.662.600
Estados Unidos
4.355.000
48.000
204.000
Índia
1.440.000
65.400
69.000
Canadá
995.400
56.600
149.700
Japão
800.000
300
900
Romênia
750.000
335.700
120.000
Sérvia
700.000
45.000
133.000
Austrália
420.600
59.300
152.100
Bélgica
267.000
13.000
45.000
Grécia
230.000
5.000
21.000
África do Sul
136.000
7.100
12.000
Nova Zelândia
124.200
16.700
41.300
Portugal
100.000
7.000
14.000
Montenegro
50.000
3.000
10.000
Colônias
12.000
500
800
Terra-Nova
11.900
1.200
2.300
Impérios Centrais

Forças mobilizadas
Mortos
Feridos
Alemanha
11.000.000
1.774.000
4.216.000
Áustria-Hungria
7.800.000
1.200.000
3.620.000
Turquia
2.850.000
325.000
400.000
Bulgária
1.200.000
87.500
152.000
Totais

Forças mobilizadas
Mortos
Feridos
Aliados
41.388.000
5.114.500
12.801.000
Impérios Centrais
22.850.000
3.386.500
8.388.000
Total Geral
64.238.000
8.501.000
21.189.000

Tabela: 
Uma guerra para a paz: 1914-1918 (John Man), Editora Reader’s Digest, Rio de Janeiro: 2003, p. 136.

Do mesmo modo que o custo humano, o custo material da guerra ultrapassou o de qualquer conflito anterior. Estimam-se em 270 bilhões de dólares os gastos diretos em mobilizar e equipar forças armadas, bem como das perdas de produção e material, além das reparações de guerra.

Estima-se que 7 milhões de militares ficaram incapacitados de maneira permanente e 15 milhões ficaram gravemente feridos.
Em 1918, somente na Inglaterra, 50 mil soldados apresentavam sintomas de neurose de guerra dentre mais de 1,5 milhão que sofreram sequelas físicas ou mentais, um em cada oito militares que serviram na guerra.
A Alemanha perdeu 15,1% de sua população masculina ativa, a Áustria-Hungria perdeu 17,1% e a França perdeu 10,5%.

Além da carnificina humana, as batalhas que se espalharam pela Europa dizimaram cerca de 8 milhões de cavalos, a principal força animal usada na agricultura na época. Um cavalo morreu para cada dois homens atingidos por tiros, bombas e gases letais.
Oitenta por cento dos cavalos franceses morreram em campo, 35% deles abatidos por tiros inimigos, destino parecido com os das demais tropas. A maior parte morria de fome e exaustão, sacrificada ou abandonada nas longas travessias entre os campos de batalha.
No início dos combates, os equinos retirados das fazendas, indústrias e pequenos sítios eram colocados nas linhas de frente, numa herança das guerras do século 19. Com o desenvolvimento dos armamentos, os comandantes perceberam que os cavalos pouco ajudavam no front. Por serem grandes, tornavam-se alvos fáceis para tiros e bombas.
A cavalaria era usada em batalhas no Oriente Médio e na Frente Oriental da Europa; já na Frente Ocidental, caracterizada pelas trincheiras, seu papel essencial era o de meio de transporte, com noventa por cento dos animais usados para carregar os canhões até a linha de tiro, transportar soldados, alimentos, armas, munições e correspondências. 
A razão da larga utilização desses animais é que eles eram mais eficientes nos ambientes frios e lamacentos das trincheiras do que carros e caminhões. Na década de 1910, os cavalos eram mais disponíveis e baratos do que os motores. Além disso, a maior parte dos homens que lutaram na guerra estava acostumada a conduzir cavalos, enquanto eram raros os que sabiam dirigir caminhões e tanques.

Para saber mais sobre as mortes de cavalos durante a Primeira Guerra Mundial, acesse:
História em Revista
Cavalos: as vítimas esquecidas da 1ª Guerra Mundial
http://sgmhistoria.net/cavalos-as-vitimas-esquecidas-da-i-guerra-mundial  

Soldados enterrando cavalos mortos em batalha 
Imagem: http://sgmhistoria.net/cavalos-as-vitimas-esquecidas-da-i-guerra-mundial 

Consequências da Primeira Guerra Mundial

Nenhuma outra guerra mudou o mapa da Europa de forma tão intensa! O Império Alemão e o Império Russo deixaram de existir e as repúblicas que os sucederam perderam partes de seus territórios para as nações vencedoras da guerra. O Império Austro-Húngaro e o Império Otomano também deixaram de existir e fragmentaram-se em novas nações menores. Quatro dinastias, juntamente com as aristocracias que as apoiavam, caíram após a guerra: os Hohenzollern (Alemanha), os Habsburgos (Áustria), os Romanov (Rússia) e os Otomanos.

O Império Russo, que havia se retirado da guerra em 1917, após a revolução comunista, perdeu grande parte de sua fronteira ocidental, criando a partir desses territórios as nações independentes da Estônia, Finlândia, Letônia, Lituânia e Polônia. A Bessarábia foi reanexada à Romênia, uma vez que tinha sido um território romeno por mais de mil anos.

A guerra teve profundas consequências econômicas e sociais!
Doenças surgiram devido à destruição dos mecanismos de higiene social e pela desnutrição da população. Em 1914, piolhos infectados pelo tifo epidêmico, mataram 200 mil pessoas na Sérvia. Entre 1918 e 1922, a Rússia tinha cerca de 25 milhões de infecções e 3 milhões de mortes por tifo. Antes da Primeira Guerra Mundial a Rússia registrava cerca 3,5 milhão de casos da malária, mas em 1923 os russos sofreram com mais de 13 milhões de casos.
Além disso, uma grande epidemia de gripe em 1918 se espalhou pelo mundo. A pandemia desta gripe, que ficou conhecida como Gripe Espanhola, matou entre 40 e 50 milhões de pessoas (estimativas recentes apontam entre 50 e 100 milhões de mortos no planeta entre 1918 e 1919, tornando-a a gripe mais letal da História). Esta pandemia foi descrita como "O maior holocausto médico da história" e pode ter matado tantas pessoas quanto a Peste Negra, na Idade Média. No auge da onda global de mortes, corpos de parentes eram abandonados em casas vazias ou deixados nas calçadas, numa desesperada tentativa de afastar-se da doença.
De acordo com alguns registros, uma das mais graves complicações era a hemorragia das membranas mucosas, especialmente do nariz, estômago e intestino. Sangramentos dos ouvidos e hemorragias na pele também ocorriam. A maioria das mortes era por pneumonia bacteriana, uma infecção secundária causada pela gripe, mas o vírus também matou diretamente por meio de graves hemorragias e edemas no pulmão.

Para mais informações sobre a Gripe Espanhola, acesse:

Gripe Espanhola
Ginásio improvisado como hospital ( EUA - 1918 )

Na Europa de 1918, os poucos cavalos sobreviventes foram comprados pelos raros fazendeiros que tentavam retomar suas vidas. Os novos proprietários reclamavam que os cavalos estavam magros, fracos e pouco ajudavam nas plantações. Sem a ajuda dos animais, a agricultura europeia recebeu um grande golpe. Nos anos seguintes o continente amargou uma grande fome. Na Alemanha, a falta de animais, somada ao bloqueio das nações aliadas, matou de fome 763.000 civis durante a guerra, de acordo com estimativas oficiais.

A desorganização social e a violência generalizada da Revolução Russa de 1917 e da Guerra Civil Russa que se seguiu em 1922 provocaram aproximadamente 22 milhões de mortes, 5 milhões delas vítimas de fome. Por volta de 1922, havia entre 4,5 milhões e 7 milhões de crianças de rua na Rússia como resultado de quase uma década de devastações causadas pela Primeira Guerra Mundial, pela guerra civil e pela crise de fome subsequente, entre 1920 e 1922. Sem plantações ou animais de criação, muitos recorreram às ervas e ao canibalismo, guardando sementes para o plantio.

Para saber mais sobre a fome russa de 1921, acesse:

Canibalismo durante a Fome Russa ( 1921 )
Camponeses da região do Volga e seu alimento sobre a mesa

Obs: Durante a Guerra Fria, fotos como essa foram usadas para, sem explicar o contexto, espalhar o mito de que "comunistas comem criancinhas", como se isto fosse um hábito!

Antes da Primeira Guerra Mundial, os turcos já realizavam uma limpeza étnica e religiosa entre os gregos, assírios e armênios nos territórios sob seu domínio. Durante o conflito, o partido Jovens Turcos aproveitou-se da situação de pouca vigilância internacional e intensificou no Império Otomano os massacres, deportações e marchas da morte. De acordo com várias fontes, estima-se que durante a guerra aproximadamente 300 mil gregos (numa população de 360 mil) morreram na região do Ponto.

Após o fim da guerra, a política de perseguições continuou numa escala menor por parte dos turcos, levando ao Tratado de Lausanne, assinado em 24 de julho de 1923, que resultou numa enorme troca populacional entre a Grécia e Turquia.
No Genocídio Grego estima-se que, entre 1914 e 1923, tenham morrido entre 750 mil e 900 mil gregos em decorrência de perseguições étnicas e religiosas. 

Os armênios também foram vítimas de perseguições e massacres por parte dos turcos após a fim da Primeira Guerra Mundial, alegando que os mesmos colaboraram com os aliados. Estima-se que dos 1,75 milhão de armênios que viviam no leste da Turquia, entre 1915 e 1923 pouco mais de um milhão foram mortos em execuções, espancamentos e deportações forçadas, além de 200 mil que se converteram à força ao islamismo.

Para mais detalhes sobre o genocídio grego, acesse:

Para mais detalhes sobre o genocídio armênio, acesse:

Genocídio Armênio
Aleppo, no norte da Síria ( 1919 )

Tratados de paz e novas fronteiras nacionais

Após a guerra, a Conferência de Paz de Paris, iniciada em 18 de janeiro de 1919, terminou oficialmente com a guerra, impondo uma série de tratados com perdas de territórios e indenizações às derrotadas Potências Centrais. O objetivo da conferência era estabelecer um novo mapa político na Europa, reparações financeiras e territoriais às nações vencedoras e definir as condições de desmilitarização dos países vencidos, reduzindo suas forças militares.

A Áustria-Hungria foi dividida em vários Estados sucessores (Áustria, Hungria, Tchecoslováquia e Iugoslávia), que foram em grande parte, mas não totalmente, definidos por grupos étnicos. A Transilvânia foi transferida da Hungria para a Romênia. Os detalhes foram contidos no Tratado de Saint-Germain-en-Laye e no Tratado de Trianon. Como resultado do Tratado de Trianon, 3,3 milhões de húngaros ficaram sob domínio estrangeiro. Apesar de 54% da população do Reino da Hungria ter sido composta por húngaros no período pré-guerra, apenas 32% de seu território foi deixado para a Hungria. Entre 1920 e 1924, 354 mil húngaros fugiram de antigos territórios húngaros ligados à Romênia, Tchecoslováquia e Iugoslávia.

O Império Otomano se desintegrou e muito do seu território fora da Anatólia foi tomado por várias potências aliadas como protetorados. O núcleo turco foi reorganizado como a República da Turquia. O Império Otomano deveria ter sido dividido pelo Tratado de Sèvres, em 1920, mas este tratado nunca foi ratificado pelo sultão e foi rejeitado pelo Movimento Nacional Turco, levando à Guerra de Independência Turca e, finalmente, ao Tratado de Lausanne, em 1923.

O Tratado de Versalhes impôs à Alemanha perdas territoriais e pesados pagamentos, causando para os alemães uma crise financeira e um sentimento de amargura, pois a rendição aconteceu num contexto em que a Alemanha ainda preservava considerável estrutura econômica e militar. Os movimentos nacionalistas, especialmente o nazista, ganharam adeptos explorando teorias de conspiração e traição. A enorme inflação na década de 1920 contribuiu para o colapso econômico da República de Weimar (na Alemanha) e o pagamento de indenizações foi suspenso em 1931, após a quebra do Mercado de Ações de 1929 nos Estados Unidos e o início do período em todo o mundo que ficou conhecido como Grande Depressão.

Para mais detalhes sobre os tratados políticos ao fim da Primeira Guerra Mundial, acesse:

Wikipédia
Conferência de Paz de Paris

Wikipédia
Quatorze Pontos (do presidente norte-americano, Woodrow Wilson)

A Liga das Nações (organização precursora das Nações Unidas) foi criada em 28 de junho de 1919 para evitar outro conflito dessa magnitude, mas falhou em seu objetivo.

As duras punições impostas às nações derrotadas causaram miséria e descontentamento. Nas questões mal resolvidas da Primeira Guerra Mundial ficaram latentes as sementes da Segunda Guerra Mundial. Pode-se até mesmo considerar as duas guerras mundiais como apenas uma Grande Guerra, que aconteceu em duas fases, pois uma mesma geração de militares e políticos participou dos dois eventos, bem como as principais nações participantes e alguns interesses que também se repetiram.
Somente em 1945, ao término da Segunda Guerra Mundial, as lições da Primeira Guerra Mundial foram, de fato, entendidas. A Organização das Nações Unidas, herdeira da ineficaz Liga das Nações, representa um mundo que adotou os princípios da reconciliação e cooperação. Espera-se que os milhões de mortes, destruição e sofrimento causados pela(s) Grande(s) Guerra(s) não sejam esquecidos e tenham acontecido em vão.

Douaument - Cemitério e Ossário ( França )

O Cemitério e Ossário (construção com torre ao fundo) Douaumont está localizado a norte da cidade francesa de Verdun. Este é o maior cemitério militar francês e contém 16.142 túmulos de militares franceses da Primeira Guerra Mundial. Além do cemitério há o ossário, um enorme memorial contendo os restos mortais de pelo menos 130 mil soldados franceses e alemães não identificados que morreram no campo da Batalha de Verdun.
Durante os 300 dias da Batalha de Verdun (21 de fevereiro de 1916 a 19 de dezembro de 1916) cerca de 230.000 franceses e alemães morreram no campo de batalha que cobre aproximadamente vinte quilômetros quadrados da região onde foi construído o cemitério.
Ao redor do cemitério, há aldeias que foram completamente destruídas pelo bombardeio que se prolongou por quase um ano. A maioria dessas aldeias nunca foram reconstruídas e também se configuram como um memorial para a devastação que ocorreu durante a Batalha de Verdun.
A região é na verdade um vasto cemitério onde os restos mortais de mais de 100.000 combatentes desaparecidos ainda estão dispersos no subsolo, nos locais onde eles caíram. Até hoje ainda são descobertos restos mortais pelo Serviço Florestal Francês, que os encaminham para o Ossário Douaumont, onde eles encontram um lugar de descanso final.

Para mais detalhes da Batalha de Verdun, acesse:

Wikipédia

Picture History

Na Primeira Guerra Mundial houve um grande número de “soldados desconhecidos” (ou “soldado conhecido por Deus”, como são definidos estes militares em túmulos de alguns cemitérios) porque nas longas batalhas, que duravam de dias a meses, os militares mortos ou feridos ficavam caídos no terreno entre as trincheiras, ou nas trincheiras da linha de frente destruídas por ataques, sem que seus corpos pudessem ser resgatados e sepultados. Estes corpos eram atingidos e despedaçados pela grande quantidade de fogos de artilharia usados nos sucessivos ataques ou defesas e, com o passar do tempo, partes e fragmentos dos corpos de diferentes pessoas se misturavam na terra e lama das crateras nas áreas de combate. Em alguns locais, os ossos humanos misturavam-se também com os de cavalos e outros animais atingidos nos combates. Quando a guerra acabou era inviável separar, identificar e contabilizar os mortos baseando-se nos ossos encontrados.

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Jogos on-line da Primeira Guerra Mundial

Não é necessário instalar os jogos em seu computador! Basta acessar o link e aguardar o jogo carregar.

Primeira Guerra Mundial
Teste seus conhecimentos sobre a Primeira Guerra Mundial neste jogo, desenvolvido pela equipe da Netbil Educacional, onde você deve atravessar um campo minado, partindo da bandeira francesa até chegar à bandeira alemã. Para isso deve responder corretamente as perguntas que surgem. Para cada resposta certa, você avança um passo, respondendo errado uma mina explode. Com 5 erros o jogo recomeça. 

Warfare 1917
Mostre sua estratégia nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial.
Neste jogo, desenvolvido pela equipe da Armor Games, você deve ganhar terreno, conquistando trincheiras e conduzindo suas tropas até abater o moral dos adversários na medida em que vence sucessivas batalhas.
Há campos minados, ataques de artilharia e com gás letal para ajudar tanto nos ataques quanto nas defesas. Por este ser um jogo de estratégia, é possível e necessário pesquisar e aprimorar novas armas e táticas ao longo das batalhas, para tornar seu exército mais forte e eficiente.

Supremacy 1914
Em Supremacy 1914 você assume o controle de uma das 30 nações envolvidas na Primeira Guerra Mundial. Estratégia e diplomacia são necessárias para derrotar seus oponentes. As unidades se movem em tempo real no mapa histórico. Além de enfrentar a Inteligência Artificial é possível disputar partidas com adversários reais, envolvendo-se em atualização de províncias, diplomacia, espionagem e negociação de recursos.

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Vídeos da Primeira Guerra Mundial

Para acessar uma lista de vídeos sobre a Primeira Guerra Mundial, com documentários, fotos e um resumo do conflito, acesse o link:

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Imagens da Primeira Guerra Mundial

Para ver e baixar mapas, fotos, ilustrações e cartazes que mostram os diversos aspectos da Primeira Guerra Mundial, acesse meu álbum no Picasa através do link abaixo:

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Fontes de consulta:

Veja na História
Primeira Guerra Mundial
Série de interessantes artigos sobre a guerra, escritos como revista de época.

Wikipédia
Primeira Guerra Mundial

Wikipédia
Causas da Primeira Guerra Mundial

Wikipédia
Alianças na Primeira Guerra Mundial

Wikipédia
Frente Ocidental (Primeira Guerra Mundial)

Wikipédia
Frente Oriental (Primeira Guerra Mundial)

História do Mundo
Primeira Guerra Mundial

Wiki Livros
Primeira Guerra Mundial

Escola Britânica
Primeira Guerra Mundial

Fazendo História Nova
Primeira Guerra Mundial

Tudo é História
Primeira Guerra Mundial

Modernidade IFCS
O conceito de Guerra Total

The History Place
Primeira Guerra Mundial
( Em inglês ) Usar o tradutor.

Wikipédia
Guerra de trincheiras
( Em inglês ) Usar o tradutor.

Wikipédia
A guerra naval na Primeira Guerra Mundial
( Em inglês ) Usar o tradutor.

Luftware 39-45
A Primeira Guerra Mundial
http://www.luftwaffe39-45.historia.nom.br/iguerra.htm 

European Tourist Guide

Facebook
Fatos & Fotos

Facebook
Supremacy 1914

Torre da História
Propaganda da 1ª Guerra Mundial
Representações artísticas da 1ª Guerra Mundial

Amantes da Ferrovia
Trilhos e trincheiras

Metamorfose Digital
Os heróis esquecidos da Primeira Guerra Mundial (Uso de animais na guerra)

Posters de propaganda da 1ª Guerra Mundial
Exemplos de propaganda da Primeira Guerra Mundial
http://www.ww1propaganda.com  

Professor Leandro Villela
Mapas históricos da Primeira Guerra Mundial
http://www.professorleo.com/mapas-1aguerra.php 

Web Kids
Stosstrupps -  As unidades de assalto alemãs da Primeira Guerra Mundial
http://www.webkits.com.br/news/templates/news.asp?articleid=337&zoneid=30  

Rusmea . Com
Primeira Guerra Mundial em fotos: A Frente Ocidental - 100 anos

Rusmea . Com
A Frente Ocidental (Parte 2) - Primeira Guerra Mundial em fotos - 100 anos

Rusmea . Com
100 anos depois - A Primeira Guerra Mundial em fotos